quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Como criança que precisa que o pai leia estórias na hora de dormir, sou eu.
Como criança que não se aquieta e se comporta e precisa de algo que cative sua atenção, sou eu.
A diferença é de que a estória que preciso não é fantasiosa, com dragões ou robôs, ou heróis, ou princesas, ou fadas, ou gigantes.
A história que eu preciso ouvir é verdadeira e não aconteceu em um reino distante.
Aconteceu aqui, com testemunhas. Há quem prove.

A questão é: não tenho quem me conte.

E igual criança sem estória na hora de dormir, eu me inquieto e vejo o sol entrar pelas frestas da janelas todos os dias.