Antigo Nem Metade. Se você resolver ler todo o blog e perceber a grande mudança nos textos depois de uma longa pausa na escrita, a razão é que, nesse meio tempo, mudei. É bem simples, na verdade. Não quis me desfazer dos textos antigos por que não quero me desfazer de quem eu fui. Espero que goste, do novo e do velho. Haverá contos, crônicas, poemas, histórias sobre meus gatos e o que mais vier nessa conversa.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
Não tem mais jeito, acabou. Boa sorte
A hora de deixar pra trás.
É engraçado como a gente se recusa a desligar de coisas e pessoas. Dificilmente sabemos determinar que a partir de algum ponto em questão, não cabem mais na vida que a gente leva agora.
Insistimos em querer manter pessoas que só foram boas - se é que foram (doloroso, né?) - no nosso passado e hoje não cabem mais, não tem mais lógica.
Insistimos em manter uma roupa no armário e ninguém nem usa mais.
Quando paro pra pensar em quantas vezes eu pedi "por favor, não some, não se afasta, continuaremos amigos", bem... Se isso fosse, de fato, funcionar, eu não precisaria estar pedindo. Simplesmente aconteceria. Aí eu me martirizo "puta merda, só sendo muito burra".
Mas o ser humano é bicho estúpido, gosta de alimentar o que já tá morto, o que tá nas últimas e sem chance de retorno.
Se fosse pra ser, era! Se não é mais, larga mão, caceta!
Toca o enterro, Inês tá morta. Fazer o que?
Viver batendo numa tecla estragada, dando murro em ponta de faca machuca tanto...
Que é difícil, é difícil que só a porra, mas agir em sã estupidez deliberadamente é o prefiro 🌟 morta.
Não quero permear a cabeça de ninguém que não esteja comigo, em qualquer sentido que seja. E também não quero isso pra mim. Não quero insistir, lutar por causa perdida, viver por algo que já não me pertence mais, quiçá um dia foi meu.
Mas abre a cabecinha pra botar essa idéia todinha lá dentro, que eu quero ver.
domingo, 17 de abril de 2016
sexta-feira, 15 de abril de 2016
quarta-feira, 6 de abril de 2016
terça-feira, 5 de abril de 2016
Se é mais difícil descobrir o que me inquieta tanto, ou se ficar projetando culpa nas outras pessoas e depois absorvê-la toda pra mim. Não sei se o pior é ficar sem dormir e sentir o cansaço me sugar ou ficar sem comer e sentir a fraqueza tirar todo o meu ânimo.
É pior o nó na garganta de um choro que eu não consigo fazer descer ou fazer descer e depois não conseguir parar?
É horrível o sentimento de solidão e abandono, mas é pior ainda quando me sinto sufocada por quem me ama e eu simplesmente não consigo achar um meio-termo.
Falando em sufocamento, o ar não entra. Não importa o quanto eu inspire. Às vezes, coloco o dedo embaixo do nariz pra ter certeza se tô respirando.
Não lembro qual foi a última vez que ouvi meu coração bater, a última vez que senti (o dele eu sinto tão fácil quando ele tá deitado no meu peito, ou eu no dele, ou quando eu simplesmente coloco a mão... chega a ser invejável).
É terrível a sensação de morte. Em todos os sentidos possíveis da palavra, da situação...
É difícil ter que sair da cama, sair do quarto, sair de casa. Conversar, ouvir, sorrir.
Não sei se é pior sentir que tô apagando devagarzinho ou se torcer pra dar black out.