Eu fiz uma cirurgiazinha, coisa pouca. Caso de dois pontos em cada mão e já.
Foram 7 dias de curativos, 10 dias até tirar os pontos e depois mais uns 3 ou 4 dias usando um bandaid até a ferida terminar de fechar.
O problema agora é que o dedos cirurgiados meio que atrofiaram pela falta de uso, pela imobilização pra não correr o risco de estourar algum dos pontos. Preciso exercitá-los, puxá-los pro lugar aos poucos e dói bastante. Não é grave, é normal, vai normalizar e ficar tudo bem.
Fiquei pensando, como sempre estou pensando.
Determinadas coisas, pessoas e situações precisam ser removidas cirurgicamente, no sentido figurado, óbvio, da nossa vida, rotina, mente... mas não é só tirar e pronto: tem o pós operatório, tempo de cicatrização, é ruim, a gente sofre um pouco, às vezes rola uma atrofia, que é foda.
É muito cômodo deixar o dedo torto pra sempre, mas não é nada funcional, me atrapalha numa série de coisas.
É um exercício diário, dolorido, esse estica e puxa. Mas é necessário e benéfico. Se exercitar mente e coração, a atrofia reverte e fica tudo bem de novo.
Antigo Nem Metade. Se você resolver ler todo o blog e perceber a grande mudança nos textos depois de uma longa pausa na escrita, a razão é que, nesse meio tempo, mudei. É bem simples, na verdade. Não quis me desfazer dos textos antigos por que não quero me desfazer de quem eu fui. Espero que goste, do novo e do velho. Haverá contos, crônicas, poemas, histórias sobre meus gatos e o que mais vier nessa conversa.
sexta-feira, 13 de julho de 2018
O pé na cova sempre existiu. Sempre.
Às vezes ele se manifesta de forma branda, no "ô vontade de morrer e ninguém ajuda". Noutras, ele vem latente. Aparece no dirigir, ao visualizar a frente de um caminhão, um poste. No atravessar da rua sem olhar pra lado algum e simplesmente ir.
"Quantos remédios são necessários além do necessário?"
Algumas pessoas adoram dizer que são apaixonadas pela vida. Bem, aqui nunca houve paixão, mas não deixa de existir o medo.
De ceder.
De ouvir a vozinha que ladra "se taca nesse caminhão logo de uma vez. Se poupe, querida. Poupe todos nós. Faça o favor."
Não sei no que eu me agarro. Não consigo determinar um sentimento que possa dizer "é por isso aqui que eu não abro mão de tudo. É por esse motivo que continuo aguentando. É por esse motivo que eu aumento o volume da música sempre que a voz começa."
Mas tem alguma coisa. Ou não teria abandonado o cigarro. Eu só não sei o que é. Mas tem.
Mas eu não sei o que é.
Às vezes ele se manifesta de forma branda, no "ô vontade de morrer e ninguém ajuda". Noutras, ele vem latente. Aparece no dirigir, ao visualizar a frente de um caminhão, um poste. No atravessar da rua sem olhar pra lado algum e simplesmente ir.
"Quantos remédios são necessários além do necessário?"
Algumas pessoas adoram dizer que são apaixonadas pela vida. Bem, aqui nunca houve paixão, mas não deixa de existir o medo.
De ceder.
De ouvir a vozinha que ladra "se taca nesse caminhão logo de uma vez. Se poupe, querida. Poupe todos nós. Faça o favor."
Não sei no que eu me agarro. Não consigo determinar um sentimento que possa dizer "é por isso aqui que eu não abro mão de tudo. É por esse motivo que continuo aguentando. É por esse motivo que eu aumento o volume da música sempre que a voz começa."
Mas tem alguma coisa. Ou não teria abandonado o cigarro. Eu só não sei o que é. Mas tem.
Mas eu não sei o que é.
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