terça-feira, 5 de abril de 2016

Não sei o que é pior: se pensar em tudo ao mesmo tempo que não consigo focar ou concentrar em nada. Assistir um episódio inteiro sem prestar atenção e depois me dar conta que nem sei no que eu tava pensando quando me distraí.
Se é mais difícil descobrir o que me inquieta tanto, ou se ficar projetando culpa nas outras pessoas e depois absorvê-la toda pra mim. Não sei se o pior é ficar sem dormir e sentir o cansaço me sugar ou ficar sem comer e sentir a fraqueza tirar todo o meu ânimo.
É pior o nó na garganta de um choro que eu não consigo fazer descer ou fazer descer e depois não conseguir parar?
É horrível o sentimento de solidão e abandono, mas é pior ainda quando me sinto sufocada por quem me ama e eu simplesmente não consigo achar um meio-termo.
Falando em sufocamento, o ar não entra. Não importa o quanto eu inspire. Às vezes, coloco o dedo embaixo do nariz pra ter certeza se tô respirando.
Não lembro qual foi a última vez que ouvi meu coração bater, a última vez que senti (o dele eu sinto tão fácil quando ele tá deitado no meu peito, ou eu no dele, ou quando eu simplesmente coloco a mão... chega a ser invejável).
É terrível a sensação de morte. Em todos os sentidos possíveis da palavra, da situação...
É difícil ter que sair da cama, sair do quarto, sair de casa. Conversar, ouvir, sorrir.
Não sei se é pior sentir que tô apagando devagarzinho ou se torcer pra dar black out.

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