Quando senti o cheiro de cigarro misturado com o meu gozo nos meus dedos, imediatamente afastei a mão do meu rosto.
Mesmo com o banho, o sabonete não venceu o cheiro que impregnou minha pele.
Afastei a mão do rosto, não porque o cheiro me desagrada, e sim pelo fato de me lembrar você e das centenas de vezes em que estive fechada num quarto de motel cheirando a gozo e cigarro.
Foi quando descobri que o inferno não cheirava a enxofre.
Tô indo lavar a mão com limão e soda cáustica.
Antigo Nem Metade. Se você resolver ler todo o blog e perceber a grande mudança nos textos depois de uma longa pausa na escrita, a razão é que, nesse meio tempo, mudei. É bem simples, na verdade. Não quis me desfazer dos textos antigos por que não quero me desfazer de quem eu fui. Espero que goste, do novo e do velho. Haverá contos, crônicas, poemas, histórias sobre meus gatos e o que mais vier nessa conversa.
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
enxofre
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