segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Entre um móvel e outro carregado pra fora, sento e tento absorver todos os acontecimentos das últimas semanas. Como tudo chegou a este ponto? Como tanta coisa boa se perdeu e agora é poeira num quarto vazio?
Achei que nada ficaria aqui. Cuidei para que nada ficasse pra trás, me remetendo ao martírio do que é bom e não volta. Eu não saberia lidar.
Onde foi que eu perdi o controle de tanta coisa ao mesmo tempo?
A vida é sacana, o universo não tem pena. Se cada parede dessa falasse, teriam me dito: olha pro chão, seu esforço todinho foi em vão.
Não precisaram dizer.
Um barquinho de papel, escrito teu nome de um lado e o meu do outro, jogado num canto. Como quem diz: aqui afundou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário