domingo, 10 de maio de 2015

não há bem que dure e nem mal que seja eterno


Me reclamaram do fim das coisas. Do final em si. Quando acaba. Sou meio revoltado com isso, me disseram, tudo se esvai.
Ainda bem, penso eu. Que as coisas têm limites, têm finais e não se arrastam eternamente pela eternidade.
Imagine viver em um mundo onde nada chega ao fim: eterna procrastinação. 
Deixaríamos tudo pra depois, mais que de costume.
Tudo seria empurrado com a barriga. Pra quando deus-der-bom-tempo.
Procrastinação é a palavra.
Já pensou, viver a mercê e a boa vontade de outra pessoa? Esperando que ela faça as coisas no tempo dela, quando ela quiser, se ela quiser?
Essa coisa de sabermos que algo tem fim, nos pressiona a vivê-lo, de certa forma. Tudo é urgente. Somos obrigados a tomar atitudes e decisões. Não há tempo a perder. Queremos aproveitar cada segundo, curtir ao máximo cada momento. Viver!
Com a oportunidade de enrolação, machucaríamos as pessoas, seríamos causadores de decepção e sofreríamos também. 
É por isso que eu não quero viver pra sempre. Essa idéia não me apetece nenhum pouco. 
Cada dia deve ser vivido como o último. Quando se deitar, estar satisfeito com você e com o que você faz. 
O seu final, o final da sua trajetória enquanto ser humano, na terra, é imprevisível. Nunca se sabe quando seu fim será decretado.
É importante deixar alguém que você gosta com uma palavra boa, doce, gentil, carinhosa ou seja lá o que você define como agradável. Nunca se sabe quando será a última. 
Queira ser lembrado por coisas boas. Por qualidades. 
Mesmo em meio a tanta maldade, egoísmo, soberba, ganância e uma etc de coisas ruins, o que eu digo parece utopia.
Mas acho que é requer menos esforço do que se imagina. 


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