quarta-feira, 11 de março de 2015

indivíduo na multidão

É, no mínimo, interessante olhar alguém e imaginar coisas à seu respeito e sobre a vida que leva (sem más intenções). Ver aquele senhor empurrando a bicicleta na calçada e imaginar como foi a infância, a vida em família, se casou, se viveu um amor avassalador. "Será que ele está indo ou vindo do trabalho? O que será que vai ser a janta na casa dele? Será que tem alguém que o espera? Será que se sente feliz?" É engraçado até onde esses pensamentos me levam. Chego a imaginar diálogos com as esposas, filhos, maridos, amigos, conversas de bar, opiniões e etc. 
É louco imaginar que cada pessoa no mundo tem o seu próprio mundo. Seus gostos, suas opções, seus problemas, medos, alegrias, anseios, a comida favorita, amigos, desafetos, o programa de TV que detesta, suas saudades, memórias, um cacareco do qual não se livra jamais. Coisas corriqueiras, presentes na vida de todas as pessoas. Todas mesmo, sem exceções.
É um hábito bobo que eu cultivo. Minha mãe até diria que é falta de educação reparar nas pessoas. Mas é um bom exercício pra lembrar que o meu umbigo não é o centro nem do meu mundo, quiçá do universo inteiro.

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