Eu espero muito, muito mesmo, que um dia esse alguém que você aprisionou dentro de você consiga se libertar outra vez. Só me preocupo com o pontencial de destruição dessa onda que tem se afastado cada vez mais e crescido e crescido e crescido, e tem pegado força e vai levar tudo pela frente feito um tsunami.
Mas tenho ainda mais medo do que pode acontecer se esse alguém que você criou para lidar com o mundo, mate esse alguém que você é.
Quem você é é que é a parte boa, a parte que eu gosto e tanto amo. Esse personagem-escudo é frio, calculista, por vezes egoísta e esnobe e eu não sei o que fazer com ele, sinceramente. Não sei lidar.
Sinto tanta falta do alguém que você prendeu, acorrentou no dia que decidiu que ia crescer e mudou o cabelo. De lá pra cá, deixei de te reconhecer.
Esse alguém que você criou tem sufocado você, te martiriza, te mata um pouco todos os dias e isso me dói.
Com teu escudo eu não sei lutar, mas se algum dia quiser baixar a guarda, as armas e a máscara, ainda estarei aqui pra beijar teu pulso esquerdo.
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Antigo Nem Metade. Se você resolver ler todo o blog e perceber a grande mudança nos textos depois de uma longa pausa na escrita, a razão é que, nesse meio tempo, mudei. É bem simples, na verdade. Não quis me desfazer dos textos antigos por que não quero me desfazer de quem eu fui. Espero que goste, do novo e do velho. Haverá contos, crônicas, poemas, histórias sobre meus gatos e o que mais vier nessa conversa.
quinta-feira, 10 de dezembro de 2015
tsunami
quarta-feira, 9 de dezembro de 2015
enxofre
Quando senti o cheiro de cigarro misturado com o meu gozo nos meus dedos, imediatamente afastei a mão do meu rosto.
Mesmo com o banho, o sabonete não venceu o cheiro que impregnou minha pele.
Afastei a mão do rosto, não porque o cheiro me desagrada, e sim pelo fato de me lembrar você e das centenas de vezes em que estive fechada num quarto de motel cheirando a gozo e cigarro.
Foi quando descobri que o inferno não cheirava a enxofre.
Tô indo lavar a mão com limão e soda cáustica.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
desculpa
o que não quer dizer nada
seu espaço ainda só seu
e eu sua
ensebação
-Não é pra ensebar, amor?
-Bom, sim. Mas você reparou que virou mania? A gente deita e fica se acarinhando com os pés...
-Sei que é bom.
-Seu pé não tá mais áspero.
-É que minha mulher cuida bem de mim.
terça-feira, 17 de novembro de 2015
Leio
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
chuva
Ela achava a situação mais excitante e apaixonante ainda. Nunca sabia quando os olhos se encontrariam, que expressão de prazer flagaria.
Viu sorrisos, viu olhos fechados, viu lábios entreabertos.
Cada relâmpago trazia uma nova onda de calor e euforia.
Os corpos quentes e agarrados bloqueavam o frio que a água gelada da forte tempestade trazia.
Os gemidos, abafados pelos trovões e as gotas de chuva que escorriam pele abaixo, faziam jus a quantidade de amor que transbordava no peito.
quinta-feira, 1 de outubro de 2015
cílios
domingo, 20 de setembro de 2015
calor
sábado, 19 de setembro de 2015
ou se esconde na trégua
em que não nos falamos?
Eu rezo para não ter paz
no corpo dela.
Sua boca é vinho no inverno,
figo no verão.
Seu olhar fica flutuando sozinho,
a nudez para cima, ondulada
como as linhas de uma montanha.
Expondo-se ao sol
com uma dispersão selvagem.
Não me aproximo. Não a toco.
Sua solidão é exigente
e quer tudo. Menos a sabedoria
para se explicar.
(Carpinejar)
sexta-feira, 18 de setembro de 2015
decepção
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
teste de gravidez
-Já parou pra pensar em gravidez? Meu deus, nem acredito, vou ser tia.
-Tá louca? Acabei de sair de uma menstruação.
-Eu menstruei dois meses enquanto tava grávida.
-Tá e daí? Não tô grávida.
-Você pode estar grávida sim, senhora!!!!!
-Pode mesmo...
(Aqui você percebe que são duas doidas me enchendo a cabeça. Eu já pensava nas fraldas.)
-Olha...
-O que? Gente, não tô buchuda. Sem chance.
-Você teve enjôo?
-Algumas vezes.
-Vomitou alguma?
-Não.
-Tá sentindo muito sono?
-Só o de sempre.
-Teve diarréia? É que eu tive diarréia.
-Eu não.
-Hmmmm.
-Ela vai fazer um teste de gravidez, é muito simples.
-Não vou, gente, não tô grávida.
-Ok, se não estiver, vai dar negativo.
-Meu deus e se eu tiver????? Bateu a neura. E se for, eu tô muito fodida, puta merda caralho. Me dá outro cigarro.
-Filho não é o fim do mundo não, doidona.
-E tem que saber logo se tá ou não, pra você parar de beber e fumar e cuidar do nosso sobrinho AI MEU DEUS UM BEBÊ NEM ACREDITO.
-Não tô grávida.
-Faz o teste, cacete.
-Nunca fiz um teste de gravidez.
-Olha a oportunidade aí.
-Quando a gente sair daqui, vamos pra farmácia.
-Gente...
-Menina, faz. Pra que medo?
-Eu sei que não tô prenhe, mas sou tão azarada que é capaz de dar positivo. Prefiro ignorar, o menino nasce e eu nem sei de nada. Pra mim as coisas são assim: se eu ignoro e não sei, ela não existe. Se eu tiver buchuda, tô é morta.
-Tu não tá doida. Fuma teu último cigarro, o possível último nos próximos dois anos.
-Tua cara.
-Olha. Como é isso aqui, maninha?
-Mija aqui nesse copinho, até essa marca.
-Tu vai mijar a mão, não vai ter jeito.
Risos.
-Ok, mijei no copo e qual o lado desse palito infeliz que eu boto nesse negócio?
-Esse. Vá lá.
-Pronto, tá de molho.
-PUTA QUE PARIU (gritos vindo do banheiro. O negócio ficou de molho em cima da pia)
-O QUE FOI?????????????
-DOIS PALITOS.
-TÁ ABESTADA? EU NÃO TÔ GRÁVIDA JESUS AMADO ME SEGURA AS PERNA TÁ AMOLECENDO.
-É brinks amiga, tá não, olha lá, deu negativo.
-Maldita infeliz. Dá licença que agora eu vou cagar de nervoso.
quinta-feira, 3 de setembro de 2015
quarta-feira, 2 de setembro de 2015
quarta-feira, 26 de agosto de 2015
jibóia
É que a jibóia, no mato, ela joga feitiço na pessoas. Tu fica perdido e roda, roda, roda e cai na boca dela novo. Tem que ter as manhas, tem que usar a camisa do avesso no mato. Uma vez aconteceu comigo. Me arrepio todinho de falar, mas foi.
Tu é que nem jibóia, menina, com esse olho lindo, grande.
Agora, vomimbora que eu já sei que você tem namorado."
domingo, 9 de agosto de 2015
almoço
terça-feira, 4 de agosto de 2015
formato de coração
As parcelas de alegria estão penduradas no varal junto à sua toalha de banho e no travesseiro que carrega o cheiro do seu pescoço. No remédio que você deixou pra mim no balcão da cozinha. No beijo na porta do trabalho.
Meus pequenos prazeres estão em ser acordada de madrugada, enquanto sou puxada pra perto, num abraço quente. Estão no "estive te olhando dormir e você tem um sinal em formato de coração na axila", que eu nunca tinha visto.
Minha euforia é a expectativa de te ver chegar e do beijo que carrega o nervoso da primeira vez e a segurança de todo esse tempo juntos.
incômodo
Não te procuro, te evito, não vou aos mesmo lugares que você e tô bem assim. Bem demais.
Pouco me lembro do nada que restou.
Mas tem horas que é o seu maldito nome que está na ponta da minha língua, pronto pra me fazer errar, cometer enganos. Talvez criar uma confusão.
Mandar todos os meus esforços de reconstrução por água abaixo.
Me agonia e me irrita, me atrapalha, me incomoda as letras do seu nome dançarem dentro da minha boca.
Talvez leve um pouco mais de tempo até que isso pare e eu mal vejo a hora.
domingo, 26 de julho de 2015
casais #2
Ela estava de cabeça baixa, parecia bastante cansada. O que é normal pra uma quarta-feira comum de trabalho.
Me distraí por alguns instantes e quando voltei a observá-los, os pratos haviam chego e já estavam comendo. Pareciam mais animados. Talvez o problema fosse só a fome mesmo.
O ponto alto foi quando ela pegou um guardanapo e delicadamente limpou o canto da boca dele, enquanto falava e sorria.
Ele, permanecia imóvel, como se não pudesse se mexer enquanto ela o limpava. Como uma criança às ordens.
Mas tinha um olhar carinhoso, terno, apreciando o cuidado da companheira, até que ela o liberasse para voltar a comer.
Stardust - O mistério da estrela
sábado, 25 de julho de 2015
promessas
sexta-feira, 17 de julho de 2015
mar

segunda-feira, 6 de julho de 2015
carta ao passado
Era incrível. Os humanos podiam ser imprevisíveis, intensos, faziam as coisas acontecer, já que a magia não existia no mundo deles. Toda a razão da qual se orgulhavam, a capacidade de pensar, dava espaço à instintos primitivos, animalescos, selvagens, em situações extremas. E isso me apaixonava de tal forma, que perdi o chamado bom senso para cuidar de mim, proteger minha magia.

"Eu sabia que viria."
"O que você vai mudar, filha?"
"Feliz aniversário, meu amor."
Abraçou-me mais uma vez e saiu do quarto.
Não se reprima e não se oprima. Não se rebaixe. Não duvide das suas intuições. Elas não erram. Assuma seus erros com responsabilidade, sempre de cabeça erguida.
sexta-feira, 3 de julho de 2015
partida
Tema do desafio: "as conversas que só temos nos meu sonhos" do ponto de vista dele.
quinta-feira, 2 de julho de 2015
foto grafia
Tema do desafio: A primeira e última vez que ela se permitiu ser fotografada.
casais #1

domingo, 7 de junho de 2015
cheiro
quinta-feira, 4 de junho de 2015
olhos
terça-feira, 2 de junho de 2015
devoção
Mas tudo o que ela mais quer é poder encher os pulmões de ar, o peito de coragem e a boca de devoção pra dizer: sim, serei sua por toda a eternidade.
dependência
Essa coisa faz com que meu coração vibre e, de tanto vibrar, ele está todo trincado.
Não sei quanto mais ele pode suportar.
Essa coisa aqui dentro de mim, me asfixia e me leva o fôlego pra bem longe todas as vezes que eu penso em não te ter.
Essa coisa tira todas as minhas forças e hoje as minhas pernas são moles, fracas, pouco sustentam o peso do meu corpo.
Essa coisa também me tira a razão. Vivo a beira da insanidade, às margens da loucura e paranóia.
Essa coisa gosta de gritar e grita tanto que me deixa confusa. Nunca sei se ela está dizendo que não estou sozinha ou se é o fim da linha.
Essa coisa me machuca e me cura todos os dias. Me deixa mal pra me deixar bem logo em seguida.
Me causa dependência.
Vício.
Talvez eu esteja viciada.
Viciada nessa coisa.
Viciada nesse amor.
Viciada em você.
sábado, 30 de maio de 2015
estrelas
O brilho fica por conta dos seus olhos.
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Hiago e Emanuela
Hiago e Emanuela são o casal mais improvável em que já pus os olhos.
Digo fisicamente. Duas pessoas que você não imaginaria juntas. Os tinha visto por fotos e achado o máximo tamanha diferença e quando os vi pessoalmente, entraram no meu top cinco de casais mais legais/bonitos.
Hiago é branco. A pele tem quase a cor do leite. Alto, magrelo, usa óculos de grau e quando você bate o olho nele, já diz que é nerd. Ele é, fisicamente (e é disso que estou falando) um estereótipo dos meninos viciados em computador, jogos, internert e vídeo game. O conheci através do meu irmão e com ele troquei poucas palavras.
Emanuela é negra. De estatura mais baixa, cabelos crespos na altura do pescoço e robusta. Seios fartos, quadris avantajados. Uma das pessoas mais simpáticas que conheci nos últimos tempos. Pela minha observação (sou bem boa nisso), parece ser bastante inteligente. A conheci por que ela me adicionou no Facebook e conversamos uma ou duas vezes. Mas meu irmão sempre me falou da ótima pessoa que ela é, como cozinha bem, como é solícita e etc.
Não consigo explicar bem a minha simpatia gratuita pela formação do casal e a felicidade que me dá quando a vejo se declarando pra ele virtualmente, assim, pra todos verem.
Pouco se importam se são um "casal fora do padrão" ou um casal "que não combina" e todos esses comentários que já vimos por aí.
Talvez minha rendição tenha vindo quando observei os dois lado a lado no meu sofá, numa tarde de sábado: ela descansava o braço na perna dele e ele, carinhosamente deslizava a ponta dos dedos da altura do ombro até o cotovelo dela.
Que são um casal desses que estamos desacostumados, são.
De todo o resto sobre eles, eu não sei. Mas o amor que conseguimos ver vindo deles é do mais tradicional e puro. O amor é um só.
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esquina
E cada segundo é eterno quando se está esperando.
Ver o par de olhos que tanto amo e o sorriso que se abre vindo em minha direção, faz todo o resto ser desimportante.
O frio na barriga é o mesmo de quando se é novidade.
Nunca é igual.
Nunca será.
Ali, parada na calçada, eu só quero que vire a esquina o dono do meu coração.
mundo paralelo
Está tomando café comigo antes de ir trabalhar.
Nesse meu mundo, seu cheiro de banho recente, a mistura de sabonete e perfume, se espalha pelos cômodos da casa mediante os teus passos pesados e preguiçosos pela hora.
E você está lindo.
Você é lindo.
Aqui no meu mundo paralelo, te deixo na porta, dou-lhe um abraço, um cheiro no pescoço, me apaixonando cada vez mais por você e seu frescor, e um beijo demorado o suficiente para que não se atrase.
No meu mundo pararelelo, eu fico esperando você voltar.
Do mesmo jeito que faço no mundo real.
segunda-feira, 25 de maio de 2015
quero ser
domingo, 24 de maio de 2015
solidão
Se prologa até a hora do sono, na falta do beijo, do afago e do carinho antes do adormecer.
Na falta de companhia pro jantar. Na hora do café...
Ela costuma dizer que é a única que estará sempre comigo e faz piada da sua ausência.
Cansei de brigar com ela.
Só aceito a péssima acompanhante que ela é.
É horrível admitir, mas me pergunto se ela está errada.
quarta-feira, 20 de maio de 2015
Cena
segunda-feira, 18 de maio de 2015
brilho eterno de uma mente cheia de lembranças
T.
quarta-feira, 13 de maio de 2015
quis tanto
domingo, 10 de maio de 2015
não há bem que dure e nem mal que seja eterno
sábado, 9 de maio de 2015
noites de sábado
Depois das 22, enquanto as mulheres se pintam e perfumam.
quinta-feira, 7 de maio de 2015
viagem
O caminho era interminável. Tava tudo tão engraçado. Eu olhava e não via nada. E aquela luz forte na minha cara e não sabia o que era? Pensei que fosse um ônibus na nossa frente mas era só um uno vermelho.
Que coisa! Aquele último trago deu um barato doido. Chega enjoou o estômago.
As meninas não paravam de rir. A gente andava, andava, andava e não saía do lugar. Ele dirigia mas já tava acostumado com a coisa.
Segurei no encosto do banco da frente e escorei a cabeça. Desliguei do mundo e fiquei um bom tempo sem ouvir nada e nem ver nada.
Meu coração começou a bater rápido e engraçado. Muito engraçado. Fazia tumtumtum pausa tumtumtum pausa. Toda pausa eu pensava em parada cardíaca. Falei que tava tudo engraçado e todo mundo riu. Falei que tava com medo de morrer e riram mais ainda. Eu me sentia idiota, mas engraçada.
Aquela sensação de buraco na garganta começou a me preocupar. Que será isso meu deus????
Olhei em volta e a menina do meu lado ria. Os carros na rua e as luzes faziam parecer um jogo de vídeo game. Eu comentei. E todo mundo riu de novo e falaram que eu tava muito doida. A segunda menina, no banco da frente, ria descontroladamente.
O mundo tinha uma textura diferente, tava mais engraçado.
E aí ficou tudo preto.
Eu nunca chegava em casa.
E ficou tudo branco.
Eu tava na rua da minha casa. Como?????
Parecia que tinha dado reset no jogo e ele começou de novo.
Meu coração ainda tava engraçado. E minhas pernas também tavam.
Ele parou no meu portão e eu não aguentava mais rir. Desci do carro e não fechei a porta.
Volta fechar, maninha!!!!!
Que que custavam fechar pra mim?
Nessa, eu trombei no retrovisor do carro. Bati o quadril. Assim dizem. Eu não lembro e nego loucamente até hoje.
Entrei em casa e deitei no quarto escuro.
Meu corpo quase flutuava na cama. O coração tava mais calmo, fazia tumtum tumtum.
Os olhos começaram a pesar e eu ria de olhos fechados. Ria sozinha. De porra nenhuma. Quem precisa de motivos pra rir, né?!?!?
Não tive tempo pra larica, nem vi a Madonna parada no meu jardim e muito menos vi duendes.
Mas de todas, a viagem sentada foi a melhor.
terça-feira, 5 de maio de 2015
sons de dentro

segunda-feira, 4 de maio de 2015
terça-feira, 28 de abril de 2015
dentro de nós

segunda-feira, 20 de abril de 2015
amores impossíveis
quinta-feira, 16 de abril de 2015
nudez
Toda noite, tiro os brincos.
Tiro os anéis.
Tiro o colar e as pulseiras.
E a diadema do cabelo.
Me desfaço da roupa que visto
de corpo nu, adormeço de alma despida.
segunda-feira, 13 de abril de 2015
morzi

Ilustração: Amanda Roosevelt
sábado, 11 de abril de 2015
despedida
domingo, 29 de março de 2015
"Você tem uma nova mensagem de texto"
espera
Aquele sinalzinho de vida especial, que você costumava me dar.
A satisfações que me dava, sem que eu pedisse, e adorava me contar cada passo do seu dia.
O bom dia quase religioso.
O boa noite sagrado.
E faz tanto tempo que o telefone está na minha mão e não toca, não vibra.
Eu não vibro. Não mais.
Meu amor tem sido alimentado por palavras mudas.
embalo do badalo
